Casinha branca
Descia a chuva fininha
No morro ao fim do dia
Ainda se via o gado branquinho
Pastando na vegetação verdinha.
Ao longe a casinha branca
De portas e janelas azuis
Era tudo fascinante
Em tudo cintilava fina luz.
Papai olhava da janela
O gado ao longe mugindo
A chuva continuava mansinha
Mamãe fazia café na cozinha.
A noite chegava devagar
As estrelas começavam a reluzir
Podia sentir o aroma no ar
Do cafezinho que não demorava sair.
A lua acompanhava as estrelas
Mesmo em uma cortina branquinha
De neblina que costumava subir
Em densas névoas ao céu emergir.
O frio batia em seguida
Papai e mamãe já na cozinha
O gado já se recolhia
E o casal rezava a Ave-Maria.
A noite passava depressa
Papai já em doces sonhos
O dia já não tinha pressa
Mamãe lhe entoava lindos cantos.
Autora: Margareth Rafael
A poetisa de alma branca