“Minhas manhãs.”
Espuma de fumaça, grande almofada,
Que anda de um lado para o outro,
Embelezando as minhas manhãs,
A coifa se ajusta de fragmentos,
Que a mãe natureza lhe deu.
Na dimensão que existe ou que existiu,
A nevoa galopa no campo,
No giro do mundo, viaja fluida.
Rolando no imenso sopro do céu azul.
A nevoa branquinha se move juntinha.
No canteiro do espaço se torce,
No verso que sopra,
Tranquila viaja, nas minhas manhãs.
Ágil é o sopro, imenso é o céu,
Que busca sua face, tateando,
Sombras nas árvores.
Parecendo dizer, que é por aqui.
Que devo ficar.
No voar tranquilo se joga
De um lado pro outro
Nas minhas, manhãs.
Expressões em murmúrios
Veem-se harpas e anjos,
De asas de pratas, que cantam,
E tocam a linguagem do amor.
Nos olhos que pousam
Nas minhas manhãs.
Levantam-se os Deuses,
Desprendem-se da terra,
De laços dourados,
Como o menino de luz.
Suplico aos meus Deuses.
Que, faça-me, um poema,
Como quem se despede,
Do vento que sopra, e leva para longe,
A minha espuma, de prata...
Neire Luiza Couto 27/09/2013
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