Da minha janela eu vejo
Da minha janela eu vejo
O sol nascendo no horizonte
Os jasmins a deixar no vento o aroma
De perfumes, bálsamos e essências
As borboletas alçando vôo no jardim
O rio que derrama suas águas em cantiga
As flores e rosas desabrochando aos pares
As cores de todas as cores
Borboletas multicores num belo coro
Embelezando o tapete da primavera
Que se estende no gramado verde da aquarela
Vejo tudo isto da minha janela
A primavera em festa numa manhã tão bela.
Vejo também da minha janela
O colibri e o bem-te-ví voarem juntos
Num vôo sem disputa
Numa liberdade sem culpa
Numa alegria sem luta
Um primor de primavera,um amor
Que chegou e para mim acenou
Do banco da quimera
Eu vi tudo é deveras
Da janela amarela
Do meu quarto enfeitado em esmeras.
Autora: Margareth Rafael
A poetisa de alma branca