NASCENTE

Água, como nasceste

tão misteriosa

do ventre da terra

de forma milagrosa?

Água, como deslizaste

tão majestosa

pelo leito dos rios,

tão caridosa?

Água, como jorras

assim incessante

servindo a vida

todo o instante?

Água, como não esgota

esse pranto

de doce mel

que faz do pecador um santo?

Água, como não contemplar

e glorificar

essa dádiva

que fez o mundo propício para morar?

Água, bom se todo homem

fosse um poeta

para notar o seu belo

e a sua poesia secreta.

Autor: Sebastião Santos Silva