Diário do Fim
A Terra inteira estava em chamas
Acabando com toda vida
Era a resposta do planeta
O despertar de sua fúria adormecida
A destruição tomava forma
A superfície se partia
A natureza revoltada
Vertendo em lava o poder que nela havia
Ouvia gritos e estalos
Sentia toda a fauna e flora em agonia
Não importava quanta chuva
Porque até o céu queimava e derretia
Mas perde força o cavaleiro flamejante
Porque depois de tanto tempo acaba o ar
O mar engole o que restou dos continentes
Água fervente desmancha o gelo polar
O que era fogo virou água
Só há silêncio no planeta
O sol perfura com seus braços
A aterradora nuvem de fumaça negra
A paz reinava como nunca
Abençoada calmaria
Ouvi os gritos de perdão, misericórdia
Mas eu só pude atender quem merecia
A Terra pediu por isso
Estar livre do sofrimento
Eu sinto a falta de meus filhos
Sou Deus, é meu triunfo, é meu tormento...