Poesia
O canto das cachoeiras
Rompendo em bravas cascatas espumantes
Cascateiam as águas em denso volume
Descendo desde o alto dos cumes
Ecoando pelas montanhas o triste canto
Das águas que correm das belas cachoeiras.
Em seu curso natural vão deslizando
Entre pedras serpenteando
Molhando galhos,plantas,folhas farfalhantes
Os troncos das frondosas árvores agradecendo
Toda a mata ouvindo em silêncio o cantar das cachoeiras.
Cantar esse que vai de canto a canto
Desde as nascentes até os mananciais
Vão enrolando as águas numa bruma
Vão-se enroscando nas vertentes
Jogando suas espessas espumas
Ao encontro dos mares e oceanos
Onde lançam seus cantos cristalinos
Seus segredos escondidos
De amores ,encantos e desencantos
Lamentos, choro e desamores.
Um canto que emudece a natureza
Que engrandece o divino construtor
Um canto que mergulha nas almas profundas
Almas profundas de dor
Que vivem a procura do eterno amor
Se contenta em ouvir das cachoeiras
O triste lamentoso rumor.
Autora: Margareth Rafael
A poetisa de alma branca