AMAZÔNIA EM VERSO E PROSA

Dia 20 de agosto - Aniversário do AUTISTA.

Dia 20 de agosto - Aniversário da poetisa DOCE VAL (VISITEM-NA!!!)

Dia 29 de agosto - Aniversário do meu filho Davih (foto) - 16 anos

Nota dos autores: Deixamos de presente pra vocês em homenagem à passagem de nossas datas natalícias, uma poesia sobre a amazônia...

AMAZÔNIA EM VERSO E PROSA

Nos rios de água doce, mergulhei!!!

E a tua clorofila, saboreei!!!

Adormeci à margem de um riacho delirante

Sob a luz de um sol febricitante

Em sonho pressenti demasiada

A fotossíntese na pele ressecada.

Imerso nas águas, um ser adulterino!!!

“Sirena amazônica” do sexo masculino.

Personagem sedutor dos festejos amazônicos

Diz a lenda do boto cor-de-rosa,

Num ambiente sereno e harmônico

Engravida moça solteira ou senhora!!!

Sinto então a brisa orvalhosa do luar

Que seu “corpo verdejante” teimava em exalar...

Deleitando os meus ouvidos ociosos

Como serenata de acordes suaves, melodiosos.

E o encanto vem a cantar,

Entoando os sons da bela madrugada,

Despertando com o mais límpido,

Suave e abrasador raio de sol.

Ainda sonolento e inebriado

acalento-me na tua vegetação que suaviza a luz;

Vislumbro os caminhos desenhados pelos rios,

Versejando a natureza que facilmente me seduz.

E nesse acalento...

adormeço mais uma vez,

Refletindo açodadamente

Num misto de inconsciência e sensatez.

Conquanto em meus devaneios, eu a vi!!!

“Ah!! Amazônia imaculada e sublime!”.

Vejo sem falsídias tua paisagem opulenta

De cores infalsificáveis que desoprime.

E nesse estado de torpor febril, a mil!!!

divago em pensamentos e delírios irreais..

Um lugar de encantamentos e belezas sazonais

Que amalgama o verossímil com o inverossímil.

Vejam a pororoca!!!, natureza "vulcânica"

Com magnífico estrondar que nasce do amor

Entre as correntes fluviais

E as águas oceânicas.

Força e poder da mãe natureza

envolta na "erupção" das águas

Que arrastam os meus medos

E afogam minhas mágoas,

E que pela maviosidade

Do seu estrepitoso "canto",

Poetifico os meus pensamentos,

Declamando-te aos prantos...

Ah! Amazônia bela!!!

que brota do solo, mãe-terra,

Adubando este chão,

Ah! Amazônia imensidão!!

Verdecente algodão,

Devaneio sofreguidão,

Simbiose, serenidade ou ilusão!!!

Ah! Amazônia mansidão!!

Socorre-me em teus braços,

Oh! esmeralda translúcida.

Jaz!, meu corpo cediço,

Mas minh'alma, lúcida!!!

Estou perdido, mas contente

Na infinitude ilusória da minha mente,

É um medo que redime

“Ah!! Amazônia imaculada e sublime!”.

Sigo alterando os pensamentos

Por esta beleza natural

que me envolve,

E me faz voltar.

É me reencontrar, para devanear,

ir pra lá e não mais voltar,

Reencontro pra ficar,

devaneio sem hesitar;

Quimera sentimental!!

onde em ti eu me encontro!

Mas me perco a cada encontro

Nessa mata virginal.

Eis que despertei do sonho vividamente

De uma forma repentina e assustada...

Estarei eu são? Ah! Perdição...

Ah! Amazônia clandestina, devastada!!!!!!!

Por incêndios volumosos, ilícitos e banais...

Que queimam sem cessar o pulmão do mundo

Desgraças engendradas de um comércio imundo

Desídia do Estado, sucumbindo à fauna e a flora.