RIO ZÊZERE

Das entranhas da Serra da Estrela, nasces cristalino,

Gelado e cheio de vida, corres lesto p'la serra abaixo,

Nas calendas da calmaria dos fraguedos e arvoredos,

Desbravas com determinação, teu agreste caminho.

Teu objectivo é chegares ao teu mar p'ra te libertares

Da terra, que por vezes te trata mal, contaminando

Tuas águas límpidas, inofensivas, que nas encostas,

Beijam o arvoredo, alimentam os animais e árvores.

Convives com a fauna e flora, em estreito diálogo,

És o esplendor da vida dos vales que tu banhas,

Parte da tua água se infiltra nas suas entranhas,

Dão vida às culturas que crescem e florescem.

Recebes no teu colo riachos, ribeiros e o rio Nabão,

Enches a barragem de Castelo do Bode e te juntas

Finalmente com o Rio Tejo, na vila de Constância,

Seguindo em lua de mel festejada, p'ro Atlântico.

Ruy Serrano, 17.08.2013

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 16/08/2013
Reeditado em 16/08/2013
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