DESTA VEZ... NÃO VIERAM!
Novamente é agosto
- O tempo e a vez dos ipês!
E como não esperá-los, não falar deles,
Se os tenho pertinho de mim,
No pátio da minha chácara?
E bem longe da devastação!
Um, já o descobri rosa.
Dois cachinhos; um a cada ano.
Durante todo o mês de julho os observei.
Busquei esperança de flor
Em cada vestígio que assim me parecia...
Mas agosto está passando
E as florinhas não vieram!
Nem as rosa! Que pena!...
Também, meus ipês ainda são bebês.
Um dia, tenho certeza,
Os terei carregadinhos de cachos:
Amarelos, rosa, brancos...
Um dia, tenho certeza,
Terei meu pátio cheinho de cor
No ar e no chão,
Pois os ipês são tão delicados,
Que não se satisfazem só em alegrar a visão;
Eles também não se descuidam do tapete colorido
Que estendem pelo chão
E nos dão a pisar!
Como são gentis esses ipês!
Como os amo com toda força do meu sentir!