DESTA VEZ... NÃO VIERAM!

Novamente é agosto

- O tempo e a vez dos ipês!

E como não esperá-los, não falar deles,

Se os tenho pertinho de mim,

No pátio da minha chácara?

E bem longe da devastação!

Um, já o descobri rosa.

Dois cachinhos; um a cada ano.

Durante todo o mês de julho os observei.

Busquei esperança de flor

Em cada vestígio que assim me parecia...

Mas agosto está passando

E as florinhas não vieram!

Nem as rosa! Que pena!...

Também, meus ipês ainda são bebês.

Um dia, tenho certeza,

Os terei carregadinhos de cachos:

Amarelos, rosa, brancos...

Um dia, tenho certeza,

Terei meu pátio cheinho de cor

No ar e no chão,

Pois os ipês são tão delicados,

Que não se satisfazem só em alegrar a visão;

Eles também não se descuidam do tapete colorido

Que estendem pelo chão

E nos dão a pisar!

Como são gentis esses ipês!

Como os amo com toda força do meu sentir!

NEUSA RAMOS
Enviado por NEUSA RAMOS em 07/08/2013
Código do texto: T4424352
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