BEIJINHA
 
Eu já havia me acostumado com ela
Mal o dia clareava e lá estava  beijinha
Beijando as flores do  jardim
Uma a uma sem pular nenhuma
 
A pitangueira vestira-se de branco
Beijinha ali construiu seu ninho
E percorria distancia em busca de lã
Ninho pronto ali depositou seus ovinhos
 
Quanto amor pendia daquele galho
Quanta abnegação ali florescia
Mesmo o sol a pino ela insistia
Até mesmo a sede resistia.
 
E quando no espaço um gavião eu via
Meu coração disparava  e pelo ninho temia
Foram dias divididos entre a magia e o temor
Até que pela primeira vez vi seus filhinhos
 
Emocionante o primeiro vôo dos pequeninos
Desengonçado qual borboleta travessa
Mais um dia amanheceu  e beijinha não apareceu
Ficou o ninho vazio e meu coração cheio de saudade
 
Outro dia eu a vi, era ela sim
Meu coração alegrou-se novamente
Daqui uns dias ela ocupará seu ninho
E um novo ciclo de vida iniciará.
 
 
 
 
 
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Stéla Lúcia
Enviado por Stéla Lúcia em 01/08/2013
Reeditado em 01/08/2013
Código do texto: T4414804
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