Se como uma aranha eu fosse confiado a um sotão pelo resto dos meus dias, o mundo para mim seria imenso desde que estivessem comigo os meus pensamentos".
Henry David Thoreau
O poeta pescava seus versos
No luar
Seu pescado na lagoa solitária
E sua rúcula no velho roçado
Abandonado
Como não vivia das suas poesias
Tecia suas vestes de algodão
Pisava seu arroz selvagem no pilão
E plantava suas vagens nas margens
Do verde igarapé
Com coração
Aprendeu algumas canções
Com os pássaros
A dialogar com as borboletas
E a não temer os uivos
Dos lobos
Até se tornar um deles
Mas nunca conseguiu perder
Sua ocidentalidade
Sabia diferenciar um helicóptero
De uma libélula
E nunca esqueci aquele soneto
Shakespeariano
E a inalação do vapor da Estrada
De Ferro Madeira-Mamoré.
Luiz Alfredo - poeta
Henry David Thoreau
O poeta pescava seus versos
No luar
Seu pescado na lagoa solitária
E sua rúcula no velho roçado
Abandonado
Como não vivia das suas poesias
Tecia suas vestes de algodão
Pisava seu arroz selvagem no pilão
E plantava suas vagens nas margens
Do verde igarapé
Com coração
Aprendeu algumas canções
Com os pássaros
A dialogar com as borboletas
E a não temer os uivos
Dos lobos
Até se tornar um deles
Mas nunca conseguiu perder
Sua ocidentalidade
Sabia diferenciar um helicóptero
De uma libélula
E nunca esqueci aquele soneto
Shakespeariano
E a inalação do vapor da Estrada
De Ferro Madeira-Mamoré.
Luiz Alfredo - poeta