FÚRIA DA NATUREZA

O chão trincado e em prece

Olhava para o céu a implorar

Que dos olhos de cada nuvem

Pudesse um pranto rolar...

A prece do chão foi ouvida

A água das nuvens desceu

Também dos meus olhos a tristeza

Em gotas de água escorreu!

Natureza caprichosa

Marcou a hora e o lugar

Para cumprir a profecia

De um lote de vacas levar.

Trovoada estourou no céu

Do relâmpago o clarão se deu

Um raio lambeu uma árvore

Faísca escorrendo desceu!

Em baixo dela estavam

Um grupo de vacas a esperar

Que no estrondo da má sorte

A morte as viesse saudar!

Vi minhas vacas deitadas

Faltou-me aceitação

Cena que guardo nos olhos

Quinze vacas mortas no chão.

Teias que tece o destino

Não há como desfazer

A fúria da natureza

Só cabe a Deus entender!

Tina Oliver
Enviado por Tina Oliver em 07/07/2013
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