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O LOUVADEUS

Louvava, e eu não sei porque
A criatura voraz...
Talvez pedindo perdão
Àquilo que o alimentava.
 
Agarrava com as patas
Borboletas, gafanhotos,
E enquanto os devorava,
Pousado na folha, louvava...
 
Seria de gratidão
Ou quem sabe, de prazer
Pelas carcaças sugadas
Das quais ele desfrutava?...
 
Não sei; só sei do que vi,
E sua sina, não julgo:
 
Alimentar-se dos outros
Sem dó  e sem piedade
Com grande voracidade
Enquanto louvava, louvava...
 
 

Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 01/07/2013
Reeditado em 01/07/2013
Código do texto: T4366743
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