Meu Paraíso
No sereno da noite mais fria,
o orvalho nas plantas se cria,
gotas frias do cristal líquido,
presas nas pétalas das flores,
espalhadas por todo prado,
valho-me da flor temporã,
que vem fora do seu tempo,
enfeita este lindo pavimento,
como que bordado pelo vento,
tornando mais sagrado este templo,
que ora eu só tenho a invejar,
expostas nesta maravilhosa manhã,
para onde eu ouso olhar,
a paisagem encanta tanto,
que meus olhos chegam a brilhar,
na relva ainda molhada,
o esplendor desta alvorada,
onde derrama neste solo,
os raios do sol luminoso,
levantando pequenos nevoeiros,
fazendo o clima ficar ameno,
a rama calada responde,
da brisa que lentamente voa,
a nevoa se espalha e some,
tornando meu dia mais belo,
abro meus braços e respiro,
o ar mais puro no campo,
embriago-me num grande torpor,
porque neste lindo lugar,
levo minha vida saudável,
e aqui farei para sempre,
minha eterna morada
o meu mais doce paraíso.
Celso Ant. Dembiski