ENTRE FRAGUEDOS E RIBEIROS

Do vale ao cume daquela serra,

Contornei a encosta escarpada,

Entre tais fraguedos e ribeiros,

Que me fizeram esquecer tudo

Que deixei p’ra trás, de injusto.

Quanto mais subia, mais sentia

Estar num mundo bem natural,

De vegetação e espécie animal,

Urze, rosmaninho e carqueja,

Colmeias de abelhas e cabras.

O silêncio da serra era cortado

P’lo zunir do vento frio e veloz,

E os ribeiros nervosos a saltitar,

Fraguedo em fraguedo, fortes,

Até chegarem ao vale, exaustos.

Entre os fraguedos e os ribeiros,

Meu tesouro maior, era desfrutar

A bela paisagem natural da serra,

Viver desejados momentos a vida,

Que na cidade, não era permitida.

Ruy Serrano, 10.06.2013

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 10/06/2013
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