O ABSOLUTO AMOR

O ABSOLUTO AMOR

Vejo Deus no toque do amanhecer

Abrindo as janelas da poesia

Dedilhando a aurora fria nos olhos quentes do sol

Acordando-o para um novo dia.

No suor da madrugada enchendo os pulmões

Da escuridão, num sorriso aberto de euforia...

Dizendo adeus às estrelas,

E fechando as portas da escuridão

Deixando-as sonharem no Japão...

Vejo teus dedos no toque suave da esperança

Soprando a brisa nas folhas mansas...

Risonhas com as cócegas nas espinhas

Acho que se sentem crianças...

No colo santo do Criador.

Sinto o céu se estender no azul

Num abraço largo ao alvorecer...

Todo encanto da vida ascender

Nas asas pálidas da neblina,

Em gotas mádidas sobre as acácias.

Desprendem-se meus medos...

Dos fantasmas do silencio,

Ouço sua voz a dilatar no firmamento

Em cores vestidas do absoluto.

Choram os rios em cascatas

Assustando a passarada,

Sementes virgens mergulham na terra

Úmida e pronta...

Em coro a alegria se levanta

Trazendo festa e magia...

Em perfume santo a natureza...

E na marcha das horas lá vai o dia

Até à hora da alquimia...

Onde no seio do horizonte

Novamente se esconde...

Caindo feito êxtase...

Na cama da letargia.

E os anjos aplaudem...

Sussurrando

Amém.

Poesia marisa Zenatte

* Direitos reservados

07/06/13

Mrmaryllady
Enviado por Mrmaryllady em 07/06/2013
Reeditado em 08/06/2013
Código do texto: T4330625
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