O voo

A gaiola da saudade alçou voo em busca de algum pássaro para habitar.

E em busca do desejo estrelas de dia busca sem nada alcançar,

põe-se a sonhar junto do luar em abismos reveladas em verdades contempladas

em silêncios segredados comunicados ao vento exilado

até descobrir no amanhã o sol que a desperta do misterioso sonho ilusório

e amanhece em seu peito antes de todo o mundo.

Está enferrujada.Talvez seja só a maresia.

A punição é a chama do existir que na simplicidade

a continuidade do infinito encontra que a cada um habita.

Cresceu para descobrir-se menor.

Envelheceu e descobre-se criança.

Entre grades vê ou as gélidas correntes ou o mar tropical.

Encontra o lar que de tão perto no coração se escondia

pela brincadeira do cérebro que manipulava a dor que simplesmente não sente,

que engana quem engana

ao ver pássaros livres no horizonte que a cega.

Viver resume-se a tempos de escassez e preciosidades.

O tempo passa para os que não possuem asas.

Victor Ricardo
Enviado por Victor Ricardo em 14/04/2013
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