AGOSTO - TEMPO DE BRINCAR
Em tempo de vento
As folhinhas se assanham
E brincam, que brincam!
Vão para as ruas, e como fazem bagunça!
Se passa um carro, correm atrás...
E um vai e outro vem
E elas vão e elas vêm
E vão... e vêm...
Não se cansam nunca,
Não se entregam nunca!
E no vai e vem dos carros,
E no vai e vem das folhas,
Elas, devagarinho, vão se despedaçando...
E nem assim abandonam o brinquedo!
Inteiras ou em pedacinhos,
Elas vão e elas vêm!
E quando o vento vai embora,
Vamos encontrá-las, esmiuçadinhas,
E bem comportadas, quietinhas, nas beirinhas dos passeios...
E o que foi vida abrigada nos galhos e copas,
Torna-se vida no mistério da terra!