SEMPRE OS IPÊS!

No meu caminho, hoje os vi.

Os ipês rosa exalam sua verdade.

Na secura da estação, no frio,

No tempo de corpos encolhidos,

Eis que exibem sua LIBERDADE!

Vão se despindo do verde que aquece, protege,

E se revestindo do rosa suave que extasia, que cativa!

Na ponta dos galhos desnudos,

Florinhas miúdas se abrem e se juntam

E se oferecem em forma de buquês

Aos que transitam, às vezes apressados,

Mas que têm tempo de olhar para o alto e para os lados...

Como é bom ter tempo e sensibilidade

De olhar, de sentir os mistérios da vida

Mesmo acionados por pés e passos que caminham apressados!

Também esse é o mistério que nos faz únicos.

Cada um, na sua individualidade,

Enxerga o mundo como pode, como quer.

E é pena que tantas belezas às vezes são despercebidas!

O belo é o dispositivo que ativa a sensibilidade

E torna a vida muito mais atraente!

E faz o mundo melhor.

E faz Deus - o Artífice do Universo -

Ser louvado e glorificado.

Benditos ipês, sementes das mãos divinas,

Que nasceram no meu caminho

E me fazem ver e ser assim.

NEUSA RAMOS
Enviado por NEUSA RAMOS em 30/03/2013
Código do texto: T4215239
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