POR QUÊ?

Ouço o pio das trocais pelo caminho.

Mas seu pio mais parece um lamento.

Aos meus ouvidos ele chega como o som

DA voz de um ser que se coloca sempre atento.

No inverno, quando as árvores perdem as folhas,

E abrigo vira coisa tão difícil,

Como ficam os pobres dos passarinhos?

Como resolvem o problema com seus ninhos?

É gritante a diferença de respostas:

Não gritam, não agridem, não se matam.

Por que também o homem assim não faz,

Quando a humanidade suplica pela paz?!

Querendo ser maior que o Criador,

Faz a guerra, a injustiça, a opressão.

Da ganância faz sua arma assassina.

E a frieza vira força que elimina!

É preciso que o homem se retrate;

Que renove o coração e a bondade.

Que se entregue como barro ao Criador.

Só assim extinguirá da terra a dor.

E o pio das trocais aos meus ouvidos

Não pareça grito, choro ou lamento.

Seja mostra de puro contentamento

Na voz de um ser que se coloca sempre atento.

NEUSA RAMOS
Enviado por NEUSA RAMOS em 21/03/2013
Código do texto: T4200789
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