(Foto tirada do Google)
A laranjeira
Sinto a nostalgia, embalada pela forte garoa,
e pelo frio do inverno, que com ela chegou.
Lá fora, o retrato da minha infância toda,
que assisto como um filme, que ali estreou.
Como o personagem principal, uma laranjeira,
que era minha amiga, e também confidente.
Por muitas vezes, sentei-me à sua sombra,
e comia suas laranjas, falando intensamente.
Ela ainda está lá, enquanto eu cresci, e parti,
deixando para trás, momentos maravilhosos.
Onde eu podia ser eu mesma, e nunca fingir,
por imposição de situações, e dos improvisos.
Oh, minha laranjeira! Como eu sinto sua falta!
Como era bom ser criança, e apenas sonhar.
Sei que por vezes fui malcriada e até peralta,
e chorava o castigo, com você, a me consolar.
Tudo era tão grande aos meus pequenos olhos,
e o que parecia problema, vejo agora, nada era.
Preciso de novo daqueles momentos preciosos,
pois o ônibus da vida, não tem parada de espera.
(Esta poesia é uma obra de ficção)