(Foto tirada do Google)

A laranjeira

 
Sinto a nostalgia, embalada pela forte garoa,
e pelo frio do inverno, que com ela chegou.
Lá fora, o retrato da minha infância toda,
que assisto como um filme, que ali estreou.
 
Como o personagem principal, uma laranjeira,
que era minha amiga, e também confidente.
Por muitas vezes, sentei-me à sua sombra,
e comia suas laranjas, falando intensamente.
 
Ela ainda está lá, enquanto eu cresci, e parti,
deixando para trás, momentos maravilhosos.
Onde eu podia ser eu mesma, e nunca fingir,
por imposição de situações, e dos improvisos.
 
Oh, minha laranjeira! Como eu sinto sua falta!
Como era bom ser criança, e apenas sonhar.
Sei que por vezes fui malcriada e até peralta,
e chorava o castigo, com você, a me consolar.
 
Tudo era tão grande aos meus pequenos olhos,
e o que parecia problema, vejo agora, nada era.
Preciso de novo daqueles momentos preciosos,
pois o ônibus da vida, não tem parada de espera.

(Esta poesia é uma obra de ficção)
Fernanda Goucher
Enviado por Fernanda Goucher em 01/03/2013
Reeditado em 14/02/2024
Código do texto: T4166554
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