Fogo na relva

Uma sinfonia lúgubre toca em minha mente;

enquanto a lua redonda e leitosa se derrama pelo céu;

e o gelo frio como Alasca endurece meu coração.

E os anjos já não podem cantar.

A relva densa e pálida encobre as montanhas.

Nada se vê, a não ser o fogo;

e o fogo escorre por cada canto da mata;

E as deidades já não podem dançar.

No lago tudo é vermelho como o sangue;

pois nele se reflete o fogo, o fogo da mata.

E os animais já não podem respirar.

Ao lado da rodovia jaz uma bituca de cigarro;

um vicio, uma droga, um irresponsável...

E os pássaros já não podem voar.