*CAJUEIRO - ÁRVORE DA VIDA
Cajueiro - Árvore da Vida
Lembro-me de ti, meu cajueiro
Pequenino, te vi nascer assim:
A terra aceitou a cova por mim,
No sol da manhã sem aguaceiro.
Meu olhar deitava sobre o solo
Em cada aguada que eu fazia,
Esperando da terra a euforia
E gritar: enfim nasceu o meu Apolo.
O deus que minha mão plantou,
No sonho a saliva degustava,
O doce, o agre, não me importava,
A sombra, o escaldante sol somou.
Surgiu pequenino, tão indefeso,
Um pé, só, bastaria ao teu fracasso,
Qual vento impiedoso e devasso,
Esmagaria toda seiva com acesso.
A roupa de madeira te cercou,
Cuidado de mãe te dediquei,
Na robustez da vida te proclamei
Árvore da vida, o sonho brotou.
Galhos esparramados no ar,
Vento em leque abrasava calor,
O chão bordado em renda falou:
Sou teu filho, filha, pra te dar:
Adocicado mel, puro e natural,
No tacho o doce que fortifica,
Até no guisado a mão bonifica,
Cajuína não há c’ m sabor igual.
Amarelo e vermelho é seu fruto,
Adstringente é casca medicinal,
A resina sai do tronco e dá papel,
As flores melíferas, que reduto!
A seiva da vida produz tinta,
E purgativa sua raiz, a vitamina
É e C, escorbuto vem, desatina,
A castanha nos ossos faz a cinta.
Teu berço, Índia, Vietnã e Brasil,
Mesmo de longe vivo a pensar,
Na rede que dormia ao repousar,
Na sombra, meu cajueiro varonil.
O balanço da rede sobre galhos,
Carrego comigo do belo sertão,
O meu cajueiro sem uma ilusão,
Ficou na saudade, saí num atalho.
3º lugar VII Concurso Poesiart
Recebi medalha, certificado, cartão postal do Rio de
Janeiro e um livro de poemas da poetisa Carmen Cardin.
Coordenador, presidente da Academia de Ciências, Letras
e Aete de cabo Frio, ACLAC, RJ
Rodrigo Poeta
Cajueiro - Árvore da Vida
Lembro-me de ti, meu cajueiro
Pequenino, te vi nascer assim:
A terra aceitou a cova por mim,
No sol da manhã sem aguaceiro.
Meu olhar deitava sobre o solo
Em cada aguada que eu fazia,
Esperando da terra a euforia
E gritar: enfim nasceu o meu Apolo.
O deus que minha mão plantou,
No sonho a saliva degustava,
O doce, o agre, não me importava,
A sombra, o escaldante sol somou.
Surgiu pequenino, tão indefeso,
Um pé, só, bastaria ao teu fracasso,
Qual vento impiedoso e devasso,
Esmagaria toda seiva com acesso.
A roupa de madeira te cercou,
Cuidado de mãe te dediquei,
Na robustez da vida te proclamei
Árvore da vida, o sonho brotou.
Galhos esparramados no ar,
Vento em leque abrasava calor,
O chão bordado em renda falou:
Sou teu filho, filha, pra te dar:
Adocicado mel, puro e natural,
No tacho o doce que fortifica,
Até no guisado a mão bonifica,
Cajuína não há c’ m sabor igual.
Amarelo e vermelho é seu fruto,
Adstringente é casca medicinal,
A resina sai do tronco e dá papel,
As flores melíferas, que reduto!
A seiva da vida produz tinta,
E purgativa sua raiz, a vitamina
É e C, escorbuto vem, desatina,
A castanha nos ossos faz a cinta.
Teu berço, Índia, Vietnã e Brasil,
Mesmo de longe vivo a pensar,
Na rede que dormia ao repousar,
Na sombra, meu cajueiro varonil.
O balanço da rede sobre galhos,
Carrego comigo do belo sertão,
O meu cajueiro sem uma ilusão,
Ficou na saudade, saí num atalho.
3º lugar VII Concurso Poesiart
Recebi medalha, certificado, cartão postal do Rio de
Janeiro e um livro de poemas da poetisa Carmen Cardin.
Coordenador, presidente da Academia de Ciências, Letras
e Aete de cabo Frio, ACLAC, RJ
Rodrigo Poeta