ÁRVORE
Ninguém pode imaginar
Quão sofrida é a árvore
Seja de qualquer espécie
A árvore não é inimiga
Faz sombra que o homem procura
Dá frutos que alimenta este homem
Mas o próprio homem esquece
Da sombra e da fruta
Carrega o machado no ombro
Dá golpes mortais nesta
Árvore que não é sua inimiga
Pobre árvore sentida
Cai sob os galhos e chora
A ingratidão daquele
Que se diz ser humano.
Eu choro as vidas daqueles que são vítimas
Da violência urbana
Eu choro as vidas das árvores que são vítimas
Da violência humana