Um poema sem calor

Há tempos perdestes o calor!

Teu coração está frio, friorento friento!

Privaram-te o calor;

que por natureza, não o tens.

Eis “friento”!

Quem comunica o frio ou dele não preserva?

Quem provoca arrepio, calafrio, sensação de frio?

Quem é arrepiante?

Sua face sempre foi inexpressiva,

desinteressante, desengraçada, sensabor,

insípida, isenta de paixão, insensível,

indiferente, impassível, desumana,

cruel, rude e seca.

Para os cientistas:

material em que há pouca radioatividade.

Para os banqueiros:

falso, ou sem fundo.

Para os baianos:

sem pimenta, friíssimo!

E por fim, tu não passas de “frio”!

Daniel Vitor de Almeida
Enviado por Daniel Vitor de Almeida em 17/01/2013
Código do texto: T4089658
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