Luz, vida, prazer e dor
E pela fresta da janela,
Por tênue fio de lume
De lua inocente e solitária,
Eu podia ver os seus olhos no escuro,
Olhando para o micro infinito,
Em busca de verdades nuas e cruas.
Enquanto que as veredas do seu corpo,
Caminho das minhas mãos,
Aproveitavam para um forte arrepio.
Involuntários gemidos denunciam
Que um espermatozóide adulto
Está prestes a escapar do zoológico
E começar a corrida pela vitória
De um novo ser que luta pela vida.
Pelo prazer vem ao mundo
E pela dor é chamado a deixá-lo.