Fim de um ciclo

Um final,

De algo que esta a acontecer,

Por motivo banal

Para os olhos entristecer.

Os suspiros de cansaço,

As vozes de sofrimento,

O destino de fracasso

A vida sem entendimento.

Numa visão difícil,

Sem compreensão,

Pensamento em coisa crível

Por destinação.

Dor em gosto salgado,

Vez que temos de experimentar,

Presos em fardo pesado

Para as chamas alastrar.

Nos chega a solidão,

Em devida altura da escalada,

Afundando em copo de ilusão

Dentro de uma encheada.

A tempestade vem chegando,

Devastando em sua proporção,

Encerrando

O alicerce de uma construção.

Os escombros revelam uma imagem de dor,

Um sinal de fragilidade,

Nesse quente ardor

Derretida inviabilidade.

O frio chega lentamente,

Com a chuva para limpar,

Cinzento dormente

Em tempo de cicatrizar.

As lágrimas escorrem, em abundância,

A perda de alegria,

Fora de concordância

Com a euforia.

O medo,

Da desintegração,

Por deixar ausente

De sua carne uma porção.

Melancolia,

Nos vasos rachados,

Histeria

Em gritos magoados.

Passos que perdem poder,

Vacilam ao caminhar,

Sem engrandecer

E dores amenizar.

Desespero pelo entardecer,

Levando a luz do dia,

Sempre a acontecer

Aquela epifania.

Na hora de soltar,

O fôlego derradeiro,

Deixar-se vagar

Pelo nevoeiro.

Poder sentir aquele afago,

Num abraço de saudade,

Ou amargo

Sonho de verdade.

Lutando por,

Um Mundo melhor, para o mesmo melhorar,

Para se expor

E a vida abrandar.

Pelo direito,

Que todos têm de escolher,

Nem sempre perfeito

Mas que há de conhecer.

O que pedimos,

Desejando com o coração,

Algo que medimos

Com a intuição.

A água que corre,

Fluindo pela Humanidade,

Aos poucos morre

Quebrando toda imunidade.

Sem controle,

Sobre a linha do destino,

Descontrole

Para com o uso contínuo.

Apenas ao estar,

Envolto em divisão,

Com o corpo a consagrar

Cinzas em caixão.

Earhuon
Enviado por Earhuon em 11/01/2013
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