"A Árvore Que Chovia Flores"

Incansável, eu descreveria, e constante

Era assim a árvore que chovia flores.

Corolas alvas e serenas flutuavam ao encontro do solo

E formavam um balé cândido e singelo

Rodopiando até chegar ao seu destino.

Não, não era cena de suicídio

Elas não aparentavam desespero.

O vento é que as lançavam ao longe

E sem nenhuma comiseração elas caiam

Felizes... lisonjeando seu público

Que assistia aquele espetáculo, estupefatos

Obturando-se qualquer reação adversa ao evento.

Encanta-me a simplicidade

E talvez os discursos, as discussões, os solilóquios,

Por diversos momentos tenham perdido a minha atenção.

Eu observava, embevecido, a cena, ao "anti-tripudismo"...

Nunca antes o silêncio me gritou tanto aos olhos!

Saibam que ainda existem lugares que desafiam a ciência...

Que nutrem os poetas...

Que embebedam os artistas...

Com árvores que chovem flores.

Umile Romano
Enviado por Umile Romano em 10/01/2013
Reeditado em 20/02/2016
Código do texto: T4077354
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