PÁSSARO FERIDO
PÁSSARO FERIDO
Quando o sol
No infinito desponta,
A natureza está pronta
Exuberante e bela!
Há harmonia
E perfeição nas cores.
Enfeitam- lhe as flores,
Cenário de uma tela!
A passarada, livre,
Segue em revoada,
Cedinho a madrugada
É pura liberdade.
Alegres, tagarelas,
Podem voar sem medo
Por todo o arvoredo,
Quanta felicidade!
Porém, infelizmente,
Em meio do caminho
Um atirador mesquinho,
De boa pontaria
Acerta em seu alvo,
Quebrando-lhe a asa
Não voltará para casa,
A jovem cotovia.
O dia se despede
E a passarada, em festa,
No meio da floresta
Procura seu caminho.
Ouve-se da cotovia,
Um canto de saudade
Que a sua alma invade...
Saudade do seu ninho!
***
Maria do Socorro Domingos dos Santos
João Pessoa, 02/01/2013