CAMINHOS ÁRIDOS

Na beira da estrada margeando as cercas

Onde outrora deu frutos hoje só aspereza

Bravamente sobrevivem as árvores secas

Esperando a chuva para retornar a beleza

Subi em teus galhos quando eu era criança

Comer os seus doces frutos agora é proibido

No céu nuvens negras trazem-me esperança

O meu clamor lá do alto Deus tem ouvido

A natureza é agraciada com a chuva divina

O homem deve ajoelhar e também agradecer

Basta olhar para a árvore seca que ela ensina

Que tem o tempo certo para plantar e colher