FOLHAS
(escrita aos 17 anos de idade)
Folhas verdade e maduras
Que caem ao sabor do vento,
Que enchem a calçada tão dura
Mostrando seu falecimento.
Não devo pisar em folhas tais,
Pois há pouco tempo morreram;
Ainda escuto seus fracos “ais”
Porque será que padeceram?
Nos galhos elas sempre viveram
Abraçadas a balançar,
Foram sacudidas, morreram.
Do vento elas correram,
Mas não conseguiram aguentar;
Pálidas e inertes no chão feneceram.