Poesia—O grilo e o espantalho
Exposto ao ardente sol de verão
Estava um espantalho fincado
Na terra dura já se sentia
A dureza do torrão.
Coitado do espantalho
Todo feito de retalhos
Já queria era mesmo
Ser rasgado em pedaços.
Estava ali voando
Um grilo espertalhão
Chegou então mais perto
Do espantalho grandalhão.
O grilo começou a cantar
Bem perto do seu ouvido
Que mesmo sendo de pano
Não agüentou o zumbido.
Mais que depressa
O espantalho escorregou
Foi caindo devagar
E ao chão beijou.
A criançada chegou
E do chão o levantou
E para sua agonia
No pau de novo o pregou.
Estava resolvido então
Ele ficaria sempre por ali
Sempre triste a ouvir
O canto do buriti.
Autora: Margareth Rafael
Exposto ao ardente sol de verão
Estava um espantalho fincado
Na terra dura já se sentia
A dureza do torrão.
Coitado do espantalho
Todo feito de retalhos
Já queria era mesmo
Ser rasgado em pedaços.
Estava ali voando
Um grilo espertalhão
Chegou então mais perto
Do espantalho grandalhão.
O grilo começou a cantar
Bem perto do seu ouvido
Que mesmo sendo de pano
Não agüentou o zumbido.
Mais que depressa
O espantalho escorregou
Foi caindo devagar
E ao chão beijou.
A criançada chegou
E do chão o levantou
E para sua agonia
No pau de novo o pregou.
Estava resolvido então
Ele ficaria sempre por ali
Sempre triste a ouvir
O canto do buriti.
Autora: Margareth Rafael