É de madrugada
Estou à espera do novo despertar
Lembro-me das horas passadas
Quando o Sol foi mascado, masticado, engolido
Desaparecendo na garganta profunda da noite.

É de madrugada
Estou à espera do novo despertar
Lembro-me das horas passadas
Quando as cristas dos montes, das colinas, dos morros
Confundiram-se com o manto negro da noite.

É de madrugada
Estou à espera do novo despertar
Lembro-me das horas passadas
Quando morre a profusão das cores
Restando na praia o choro das ondas do mar.


É de madrugada
Estou à espera do novo despertar
Que a garganta profunda da noite
Venha regurgitar o Sol
Devolvendo todas as cores do Céu e do mar.


 

(*) Imagem: Amanhecer na Ponto do Sambaqui - Floripa (SC)

Mané das Letras
Enviado por Mané das Letras em 29/11/2012
Reeditado em 29/11/2012
Código do texto: T4011384
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