Relato de um Papagaio
Deixo aqui meu recado
Prestem muita atenção,
É a última vez que falo
Ao homem sem coração.
Do passado me recordo
Os momentos que viví,
Entre as verdes copas das matas
Em uma enorme palmeira nasci.
De meu ninho lá do alto
Apreciava a natureza,
Respirava o ar puro das matas
Nunca vi tanta beleza.
As mais saborosas sementes
Os meus pais iam buscar,
Cresci forte e saudável
Ancioso pra voar.
O tempo foi passando
Só alegria e felicidade,
Meu corpo cobriu-se de penas
Estava pronto pra liberdade.
Havia chegado o dia
Que a muito estava esperando,
Mas o silêncio da mata rompeu-se
Com o barulho do homem chegando.
Assustado encolhia-me no ninho
Fingia que estava dormindo,
A palmeira balançava
Parecia estar caindo,
Olho pra baixo e vejo
Um homem que vem subindo.
Daquele momento me lembro
Como fui de meu ninho arrancado,
Mãos pesadas tocaram meu corpo
Em uma caixa fui colocado.
A liberdade que tanto sonhei
Senti que alí se acabou,
Sentia falta de ar
Meu coração disparou.
Viví em gaiola de ferro
O espaço era limitado,
Fui transferido para um poleiro
Com meus pés acorrentados.
A corrente feriu meus pés
Surgiu uma grande ferida,
Estava tudo arruinado
Com as penas das asas cortadas
Estava tudo acabado.
Forçaram-me a ouvir de tudo
Até que aprendi a falar,
Agora ferido e doente
Vou aqui desabafar.
Deste dia em diante
Aconteça o que acontecer,
Do passado tenho saudades
Só quero voltar a viver.
Como castigo do homem
No poleiro posso morrer,
Mas, me calo e fico a espera
Do homem se aborrecer
Este é o preço da liberdade
Eu preciso EMUDECER...
Deixo aqui meu recado
Prestem muita atenção,
É a última vez que falo
Ao homem sem coração.
Do passado me recordo
Os momentos que viví,
Entre as verdes copas das matas
Em uma enorme palmeira nasci.
De meu ninho lá do alto
Apreciava a natureza,
Respirava o ar puro das matas
Nunca vi tanta beleza.
As mais saborosas sementes
Os meus pais iam buscar,
Cresci forte e saudável
Ancioso pra voar.
O tempo foi passando
Só alegria e felicidade,
Meu corpo cobriu-se de penas
Estava pronto pra liberdade.
Havia chegado o dia
Que a muito estava esperando,
Mas o silêncio da mata rompeu-se
Com o barulho do homem chegando.
Assustado encolhia-me no ninho
Fingia que estava dormindo,
A palmeira balançava
Parecia estar caindo,
Olho pra baixo e vejo
Um homem que vem subindo.
Daquele momento me lembro
Como fui de meu ninho arrancado,
Mãos pesadas tocaram meu corpo
Em uma caixa fui colocado.
A liberdade que tanto sonhei
Senti que alí se acabou,
Sentia falta de ar
Meu coração disparou.
Viví em gaiola de ferro
O espaço era limitado,
Fui transferido para um poleiro
Com meus pés acorrentados.
A corrente feriu meus pés
Surgiu uma grande ferida,
Estava tudo arruinado
Com as penas das asas cortadas
Estava tudo acabado.
Forçaram-me a ouvir de tudo
Até que aprendi a falar,
Agora ferido e doente
Vou aqui desabafar.
Deste dia em diante
Aconteça o que acontecer,
Do passado tenho saudades
Só quero voltar a viver.
Como castigo do homem
No poleiro posso morrer,
Mas, me calo e fico a espera
Do homem se aborrecer
Este é o preço da liberdade
Eu preciso EMUDECER...