Dorme noite
 
Noite negra a soerguer-se duvidosa
Tomando nos braços o dia que se foi.
Fortes braços!
Não quero seu ninho feio,
Gélido e fecundo em anoitecer.
Estremeço em seu seio,
Enlouqueço
De temor
Dor
E prazer.
Densa noite a tomar meu corpo,
Em alvoroço estremecido de pavor.
Fujo em passos trôpegos
Sou filha da luz
Da doce alegria
Do imenso furor.
Ela mansa e sorrateiramente
Tinge as arvores com seu negror.
Forte noite
Fortes braços
Até a lua escondeu-se em seu regaço
Dorme noite
Dorme ao som das cítaras celestiais.
sandra canassa
Enviado por sandra canassa em 15/11/2012
Código do texto: T3988143
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