Mato que te quero mata

Cheirinho de mato cortado, molhado...

Manhã de um domingo já cedo suado

Carícia que brilha serrilha no braço,

Defesa das folhas pelo seu espaço

Luz e sombras de estilos frenéticos no alto

Trocando lugares enquanto se anda

Cede o chão macio sob os pés do asfalto

Imprevistos lombos de raízes transpondo

Silva a liberdade no cântico dos pássaros

Pelo esconde-esconde caótico dos galhos

Sopra úmido e suave um vento escasso

Lembrando da ausência de trampo e horários