Azóia

No terraço, a noite escura

Manchada por suaves nuvens em tons de salmão

Fazem parecer da última noite de Abril

Uma noite no caloroso verão…

Ao longe, o estrelado horizonte,

transparece a luzes da cidade,

luzes parabólicas da ponte.

E por fim nasce em mim pura criatividade

De um lado o silêncio gritado pelos pássaros

do outro o escuro clarão da lua.

Toda esta imensidão infinita

num luar apaixonante que perdura

À direita o castelo doirado

E em frente o Palácio encantado.

Tudo em tons brilhantes e claros.

Arrepiam-me estes momentos raros.

São estes momentos que me fazem pensar,

que apesar de querer deixar de fumar,

questiono-me se estes momentos não valem

o pior vício da humanidade, que faz matar.

Perguntam-me se não me importo

de viver onde ninguém vive.

E justifico a solidão e todos os problemas

Com as inspirações para estes poemas!

Afonso Pólvora
Enviado por Afonso Pólvora em 16/10/2012
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