Tempero Natural
Ao cair da tarde o sol se esconde
E os pássaros cantam buscando o pernoite,
O vento sibila em meus ouvidos sutis açoites,
Borboletas e pirilampos voam atrás dos montes.
Mariposas de todos os matizes enfeitam a paisagem
E num excepcional colorido sob o brilho dos vaga-lumes
A noite estende no deserto a calmaria de um negrume
Que traz ao espírito uma divina e sacrossanta mensagem.
Na paz interior há o excelso sorriso que encanta
Associado à brisa que treme de leve os galhos das plantas
Como se na noite a natureza estivesse em prece...
Não há lágrimas no olhar que exulta a felicidade,
Só um tempero místico que contempla a universalidade
Do êxtase de um sono que despertado novamente adormece!