Silêncio
Ah!...Silêncio...brota logo
Essa algazarra me enlouquece
Quero rápido chegar onde moro
Pois a paz do meu leito me apetece
Ah!...Canto...Que canto o dos passarinhos
Cantando com o bico ainda na quirela
Quase não existem mais esses alaridos
Que me encantam ao abrir a minha janela
Ah!...Silêncio...Silêncio no recôndito do meu lar
Só aqui eu ouço o bater do meu coração
Mal ouço as businas e os veículos a roncar
Apenas sinto e ouço a leveza da minha respiração
Ah!...Loucura...Que loucura é a nossa civilização
Que corre...Corre...E corre pela vida como louca
Corre quebrando suas asas sem qualquer meditação.
Muitas vezes necessitamos nos refugiar num canto só nosso. Um lugar onde nossos ouvidos possam captar as vibrações do nosso mundo interior, bem mais que exterior, para nos restaurar o equilíbrio vital. Onde o silêncio se faça coadjuvante incansável na busca de nossas asas atrofiadas pelos ruídos ensurdecedores do mundo exterior, para que alcancemos o vôo da paz sem limites, o vôo da quietude espiritual, o vôo da calma que fortifica nossa alma. O silêncio é reparador para nosso espírito como o sono para nosso corpo físico.
" NEM SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM "