Solitário

Construí minha casinha
bem ao lado da lagoa,
fiz paredes de barrote
e o telhado de taboa.

Quando cai a noite eu sinto
muita paz e harmonia,
ao ouvir o coachar dos sapos
na mais pura sinfonia.

Quando a noite é estrelada
da janela fico olhando,
o zigue-zague dos pirilampos
que as matas vão riscando.

Alimento aqui não falta
fome nunca vou passar,
a farinha tiro da terra
a mistura vou pescar.

A cada peixe que pego
a minha alma enobrece,
enquanto houver vida no rio
a natureza agradece.

Vivo só, mas sou feliz
o silêncio não me enjoa
rio abaixo, rio acima
meu transporte é a canoa.

Nesta humilde casinha
quase nada tem valor,
a não ser um canto sagrado
onde fico ajoelhado,
agradecendo ao Criador...
João Luis de Oliveira
Enviado por João Luis de Oliveira em 03/09/2012
Reeditado em 06/08/2013
Código do texto: T3863841
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