VERSOS DO OCASO

Na desnuda linha distante
Lá onde o dia sucumbe,
E desfalece o deslumbre
Quando o sol voa rasante
 
Em sombras no plano raso
Lê-se o escrito indelével
Onde ele reescreve
O seu poema do ocaso
 
Num fulgor de cor imerso,
debruçado no horizonte,
tornando-se a própria fonte
para inspirar os seus versos
 
São rabiscos no arrebol
Dando forma à poesia,
sob a tênue luz do dia
que o fusco a torna crisol.
 
Encanto que não se traduz
pela mais douta grafia,
quando a fusão noite e dia
se faz num prisma de luz.
 
Então a linha fina e nua
que divide dois universos
torna-se pauta dos versos
lidos ao clarear da lua.



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entarecer sobre o Rio Guaíba - Porto Alegre
Cesar Tomazzini
Enviado por Cesar Tomazzini em 26/08/2012
Reeditado em 26/08/2012
Código do texto: T3849404
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