ALEGRIA DO SERTÃO
Pássaros, festeiros
Que no meu quintal fazem seresta;
Até quando poderão celebrar tão linda festa?
O homem tão impuro, impune e sem razão
Destrói seus ninhos seu habitat!
E sem vocês...
Do meu sertão, o que será?
Quando aqui tudo é seco e triste,
A festa não falta não.
Falta água falta alimento mas seus cânticos!
São nosso pão.
Seres tão graciosos!
É o galã azulão A pombinha vaidosa
Que no pinheiro o ninho faz,
Chamando os pardais;
Para a tarde findar
No coqueiro gorjear
E no tamarindeiro se abrigar.
Precisamos tanto de vocês!
Desta encenação.
Tão pequeninos e preciosos,
São os ássaros festeiros
Que engrandecem meu sertão.