RIO DAS PALMEIRAS
Rio Poty, meus (olhos) hialina
Viajando pela planície Mafrense
Teu olho d’água são lágrimas cearenses
Vertente, íngreme, da serra nordestina
Teu fluido, agreste, sobre minha terra
É o pranto que molha o, árido, sertão
Zona sofrida, mas, forte não chora.
Pois, as águas, que jorram, são lágrimas de emoção.
Que corre, entre as palmeiras que embalando
Vaidosamente, seu talhe, a contemplar
Onde no “Rio das Garças” vai desembocando
Seguindo, juntas, num só leito para o mar.
Após deleitar seu manto em Teresina
Distorcendo-se sobre as plagas do piauí
Afluente d’águas claras, límpidas, cristalinas
Fluindo da fonte, serra dos cariris.
Rio d’árvores, vales férteis, nas matas
De galeria, ladeada, em fio segue o aguaceiro
Perenemente a cortar o solo sem cascata
Silente onde, nas várzeas, vão carpir rasteiro