RIO DAS PALMEIRAS

Rio Poty, meus (olhos) hialina

Viajando pela planície Mafrense

Teu olho d’água são lágrimas cearenses

Vertente, íngreme, da serra nordestina

Teu fluido, agreste, sobre minha terra

É o pranto que molha o, árido, sertão

Zona sofrida, mas, forte não chora.

Pois, as águas, que jorram, são lágrimas de emoção.

Que corre, entre as palmeiras que embalando

Vaidosamente, seu talhe, a contemplar

Onde no “Rio das Garças” vai desembocando

Seguindo, juntas, num só leito para o mar.

Após deleitar seu manto em Teresina

Distorcendo-se sobre as plagas do piauí

Afluente d’águas claras, límpidas, cristalinas

Fluindo da fonte, serra dos cariris.

Rio d’árvores, vales férteis, nas matas

De galeria, ladeada, em fio segue o aguaceiro

Perenemente a cortar o solo sem cascata

Silente onde, nas várzeas, vão carpir rasteiro

Fortunato
Enviado por Fortunato em 10/08/2012
Reeditado em 18/06/2021
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