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        Preciso
 
 
Estou sendo atravessado pelo vento.
Veio mais sedento...
Fez-me calar
Para ele poder agir,
Fazendo-me subir!
Lembrando-me que é só,
Que tenho que voar...
Já tinha desfeito esse nó.
No entanto, por vezes ele volta.
Incomoda,
Revolta,
Mas, sempre o mando embora.
 
Vivo em pleno exercício de afeição.
Distribuo e recebo carinho,
Por todos os lados.
Não só aos sábados...
É público que encontrei meu caminho.
Já sei o compasso de minha canção.
Vivo em paz comigo.
Esforço-me, conscientemente, por só fazer amigos.
Pratico o respeito.
É autoral, meu jeito.
Estou confortável, pois acredito,
Na cesta de possibilidades do infinito.
 
Vez por outra,
Sabedor de minha afetividade louca,
O vento vem e me pega...
Invariavelmente me limpa
Com sua técnica ninja...
Pacientemente me enleva!
Convictamente me eleva
Libertando dos grilhões
Das incompreendidas paixões.
Faz-me voar
Até o grande altar:
 
O mais puro ar!
 
 
 
 
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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 06/08/2012
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