QUATRO ESTAÇÕES
Um pássaro subalterno
Voa bem alto, sem direção
Prenúncio de inverno
Ventos, pingos rotos, trovão
Folhas que tremem, aves que fogem
Estrondos, eis que chega o verão
A mata agora é silencio e sono
Folhas caem, um arrulho denuncia
A palidez do outono
A cor sobrepõe-se à face austera
Perfumes se espalham no ar,
Desperta, esfomeada de vida,
A primavera!