O canto que ouvem os poetas.

Vão alegres no mar a ressoar o canto dos ares

As vagas uma atrás da outra a recordar

O lirismo dos poetas que um dia o mar cantaram.

Mas como podem as ondas recordar nos mares

Tal lirismo, se as vagas não têm como lembrar?

Pelo contrário, são as águas dos que ousaram.

Mas poetas não ouvem os cantos dos pássaros?

Poetas não ouvem o canto das conchas dos mares?

Poetas não ouvem o canto do vento nos ares?

Por que poetas não ouvem o canto dos caros

Amigos que pereceram há muito tempo em seus lares?

Por que poetas não ouvem o canto dos templos vulgares?

Poetas ouvem o canto das borboletas e o das árvores,

O canto da relva e o das nuvens aos luares.

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 20/07/2012
Reeditado em 20/07/2012
Código do texto: T3789095
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