A simplicidade.
Rosa vermelha
E a joaninha
Entre petálas
Calma caminha
Toda dengosa
Muito perfumada
rs, e confiante
Embriagada
Cambaleia e cai
Na terra molhada
No chão do jardim
Pernas pra cima
Não desanima
E a autio estima
Entra na rima
Se lembra de mim
Jardineiro pacato
Entende de mato
E por ser sensato
Socorre no ato
Tira ela do chão
E põe na folhagem
Aguça a ilusão
Que a bela paisagem
Tem um coração
A joaninha em qustão
Toda apressada
Nem me agradece
E desaparece
Na rosa molhada
E ainda com sono
Pensa ser madrugada
E a joaninha danada
A jornada continua
E um resto de lua
No espaço vagueia
Enquanto raios de sol
O novo dia norteia
E a joaninha passeia
A bela rosa admira
Espregiça e suspira
Parece ser todo seu
O mundo colorido
Que ela escolheu
E o poeta caipira
Então para com a lida
E observa a vida
E tem algo melhor?
É no detalhe menor
Que o milagre eu vejo
Apreveito o ensejo
Joaninha obrigado
Cuidado com a rosa
É tão delicada
Singela e charmosa
E com muito perfume
A macies e a cor
Sinonimo de amor
Que causa ciume
Aumenta o quexume
No verso que eu faço
Mistério eu desfaço
E o tempo que passo
Olhando pras duas
E artimanhas suas
Que doce acolhida
A joaninha atrevida
Que some da vista
Com jeito conquista
A rosa tão gentil
Afinal eu pergunto
Quem que seduziu?
Quem foi seduzida?
Eis ai um desafio
Mas volto ao assunto
Da linda amizade
E da serenidade
Repleta de graça
Que pena qua passa
O feliz besourinho
E a flor do carinho
Que coisa bonita
Tão boa de ver
Da vontade escrever
E nunca esquecer
A simplicidade
Que já é saudade
E foi felicidade
O jardim na cidade
Natureza insista
E nunca desista
Ó DEUS permita
A vida em ação
Essa é minha oração
Mesmo que linguem ler
Só tenho que agradecer
A razão da minha calma
Vinda do fundo da alma
Obrigado meu Senhor
Saiba que esse trovador
Ama por demais viver.