RIO AZUL
Num rio, onde a água caminha
Lentamente para o seu destino,
Manso e tranqüilo, com suas cores
Turvas e marolas sem brilho.
Casais apaixonados olham esse rebento
Sem muito entusiasmo, em suas margens
Lamacentas, flui seu cheiro forte
A procura de vida.
Porém, em noites enluaradas,
Transforma-se como mágica
Em um mar límpido, com suas marolas prateadas,
A procura dos amantes da natureza.
E assim por horas, deixa de ser
O rio morto, fétido, e assume
Uma beleza digna da sua fama,
O rio azul.