Ao Encontro Da Natureza

Ao Encontro da Natureza

Captando os movimentos de uma simples gaivota

Preciso mostrar para suas asas uma prova

Da minha vontade de agir como um agiota

Que cobra o respeito ao homem perante a Deus e sua obra

Afinal o que temos é como se fosse um empréstimo

Não nos cobram juros e nem acréscimos

Isso foi uma arte cedida pelo criador, assim eu peço

Pagarmos de forma honesta como fizeram os servos

Me deparo com a tartaruga e seu casco revirado

O Pássaro voou sem rumo desesperado

Colmeia de abelhas fazem rebelião e cercam o mel alojado

No açúcar que fora pela formiga roubado

É o desespero de tanta destruição

Parece um problema de encanação

Árvores se transformam em conexões

Areia sofre com as infiltrações

A borboleta sobrevoa com um extintor

Tanta força surpreende o criador

Tenta da Arara apagar a dor

Humilde o elefante ergue a tromba pensando ser pecador

Recebo uma ligação parece um chamado

Ao atender o telefone ficou calado

Entendi era a Coruja de olhos enxarcados

E suas lágrimas caíram no incêndio que foi apagado

O sol está magoado,triste e ferido

Não esquenta e pede clamor a lua em perigo

Que está de saco cheio dolorida em sua grua

Ouvindo a chuva dizer a realidade nua e crua

Sinto na picada do escorpião destemido a certeza

Foi a forma de se comunicar comigo pedindo sem gentileza

Entendi como um toque e tive a sutileza

De partir rumo ao encontro da Natureza

Helládio Holanda
Enviado por Helládio Holanda em 21/06/2012
Código do texto: T3735767
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