Ao Encontro Da Natureza
Ao Encontro da Natureza
Captando os movimentos de uma simples gaivota
Preciso mostrar para suas asas uma prova
Da minha vontade de agir como um agiota
Que cobra o respeito ao homem perante a Deus e sua obra
Afinal o que temos é como se fosse um empréstimo
Não nos cobram juros e nem acréscimos
Isso foi uma arte cedida pelo criador, assim eu peço
Pagarmos de forma honesta como fizeram os servos
Me deparo com a tartaruga e seu casco revirado
O Pássaro voou sem rumo desesperado
Colmeia de abelhas fazem rebelião e cercam o mel alojado
No açúcar que fora pela formiga roubado
É o desespero de tanta destruição
Parece um problema de encanação
Árvores se transformam em conexões
Areia sofre com as infiltrações
A borboleta sobrevoa com um extintor
Tanta força surpreende o criador
Tenta da Arara apagar a dor
Humilde o elefante ergue a tromba pensando ser pecador
Recebo uma ligação parece um chamado
Ao atender o telefone ficou calado
Entendi era a Coruja de olhos enxarcados
E suas lágrimas caíram no incêndio que foi apagado
O sol está magoado,triste e ferido
Não esquenta e pede clamor a lua em perigo
Que está de saco cheio dolorida em sua grua
Ouvindo a chuva dizer a realidade nua e crua
Sinto na picada do escorpião destemido a certeza
Foi a forma de se comunicar comigo pedindo sem gentileza
Entendi como um toque e tive a sutileza
De partir rumo ao encontro da Natureza