Sono
Como um tapete vermelho
Se desenrola duma vez
Abre apagadas ilusões reviradas todo dia, todo mês
Como um filme feito no espelho
No sonho
Deito a imaginação no sono
E me apaixono
Envolvo no lençol de asas abertas
Um mergulho sem vitórias concretas
E ainda o sonho me diz algo
Pensamento em plena continuidade
Sonhei que era um fidalgo
Como ator que em variadas situações fica à vontade
Não leve tão a sério
Aquele sonho\fantasia
Sentirá lá um pouco do que cá sentiria
Mas vem a realidade depois do mistério
Sonhando deixo livre o anseio
Voar, nadar
Ninguém diria:
"Se está com medo, pra que veio"
Me sinto inteiro
Confusão permitida
Devaneio
Mas chega a hora da partida
Meus olhos se abrem
E então me surpreendo
De novo as pálpebras caem
Não sei se acordei ou se ainda estou sonhando
Mas o sono foi se estendendo
Continuamente acordando.